A leitura de obras literárias tem se tornado uma
tarefa cada vez mais desafiadora no contexto escolar. Ao longo dos anos de
experiência com alunos do Ensino Fundamental e Médio, podem-se perceber a
resistência e as dificuldades encontradas pelas crianças e adolescentes ao
tentarem se envolver no universo mágico da leitura, seja através de obras clássicas
ou best-sellers. Entretanto, no decorrer dessa prática educativa descobre-se
que para auxiliar no processo de aprendizagem-descoberta dos alunos, nada
melhor, que redescobrir algumas releituras de alguns clássicos e contos. A
primeira opção, rica pela inesgotabilidade, já a segunda, caracterizada por narrativas
ficcionais geralmente curtas, perfeitas para o planejamento do docente. Ambas
as sugestões podem, sim, auxiliar o professor em sua jornada de sala de aula, inclusive
na mediação e no incentivo à leitura.
Vale destacar que ler um
clássico é como ler um “livro que nunca terminou de dizer
aquilo que tinha para dizer" (CALVINO, 1993); por isso, os clássicos são livros que chegam até nós, leitores,
trazendo impressas em suas páginas, marcas das leituras que precederam a nossa
própria leitura, resgatando na maioria das vezes, traços culturais que
atravessaram, por exemplo, a linguagem e os costumes universais. Assim, um
clássico é um livro que quanto mais pensamos conhecer por ouvir dizer, quando
são lidos de fato, mais se revelam novos, inesperados, inéditos e até mesmo
atraentes, que instigam qualquer leitor às inúmeras interpretações. Dessa
forma, torna-se indispensável disponibilizar aos alunos o contato com essas
diferentes interpretações de leitura. Com isso, os alunos formulam suas crenças
e poderão se tornar futuros escritores, ou seja, poderão escrever sua própria
história e, quem sabe, a do nosso país. Ítalo Calvino, em um de seus textos
intitulado “Por que ler os clássicos?” (1993, p.13), afirma que a escola deve
fazer com que o aluno conheça bem ou mal algumas obras clássicas, dentre as
quais ele poderá depois de ler reconhecer e desfrutar de um repertório
condizente com essa prática e suas diversas visões do mundo. Assim, poderá
vivenciar em seu imaginário inúmeras situações de interpretação e refletir
sobre elas, além de poder relacioná-las com os fatores históricos que norteiam,
inclusive, a produção textual.(Profª Karina, Aline e Fabiana).
Abertura da Semana Literária 2015 - 26/10
Prof. Gilberto, diretor da escola, abrindo oficialmente a Semana Literária.Prof. Gilmar explicando sobre a apresentação do jogral da peça "Édipo Rei"
Alunos das turmas 11,12 3 13 (Primeiro ano EM) apresentando o jogral "Édipo Rei".