quarta-feira, 3 de setembro de 2014

MINHA ESCOLA

O tempo quase tudo consome: amigos, amores, até esperança
Mas eu tenho certas lembranças
Que o tempo não capaz de apagar.
Me lembro bem daquele pátio de chão batido, barro poeira e pó
Onde eu entrei criança e saí liberto da nefasta ignorância.
Me lembro bem daquelas salas, daquelas imensas classes,
Que no fim não eram tão grandes assim.
Me lembro bem daquela escola que um dia chamei de minha.
Me lembro bem das paredes cinzentas
Coloridas pelos desenhos da imaginação.
Me lembro bem da alma daquela escola: as pessoas
Algumas eram chamadas de professoras, outras de tias e outros de alunos!
Também lembro da menina por quem me apaixonei, mas que nunca falei!
Ah! Naquela escola não tinha computadores, nem vídeo, muito menos projetores
Mas lá aprendi que o mundo era bem maior que o meu quarto
Aprendi fórmulas, decifrei enigmas, conheci lugares, ouvi e contei histórias....
Lá também aprendi que o meu umbigo não era o cento das coisas.
Ah! Naquela escola não tinham árvores, nem flores
Mas aprendi com os professores a apreciar a beleza da natureza
Aprendi a plantar e a cultivar amigo, que ajudando se é ajudado.
Ah! Naquela escola não tinha biblioteca,
Mas me lembro daqueles poucos livros com as páginas amareladas
Com aquelas palavras complicadas
E hoje tão fáceis de entender.
Ah! E se hoje escrevo sobre essas lembranças
Com autonomia de quem sabe por onde caminha
É porque foi lá naquela escola
Que rabisquei minhas primeiras letras
Construí minhas primeiras ideias
E se hoje entendo um pouquinho do mundo
É porque foi lá naquela escola
Que soletrei minhas primeiras palavras
Planejei e discursei os meus primeiros sonhos.
Lá fui ouvido, valorizado, me sentia importante
Pois eu era chamado pelo nome.
E se sou o que sou
Muito devo aquele lugar, que por muito tempo também foi meu lar
Lugar este que um dia chamei de minha escola!
E que de certa forma sempre será, mesmo que eu não esteja mais lá, Naquele lugar
Onde também aprendi sobre emoção
Onde também se forjaram sentimentos
Que moram aqui dentro deste coração!
Texto de Fabrício Colombo.


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